Golpes, ciladas e furadas em turistas na Europa

17 Jan 2012 2 comentários

Lendo o blog do Ricado Freire, o Viaje na Viagem, me deparei com este artigo sobre as intermináveis arapucas que os malandrilsons tentam aprontar para cima dos turistas aqui na Europa. São mil e uma maneiras de tentar pegar pela inocência ou pela ingenuidade do turista que acha que só porque está na Europa está "a salvo".

A verdade é que existe muita trambicagem aqui e atenção e informação são essenciais para uma viagem que só dará boas lembranças. Ou seja, mesmo vítima de um torpor artístico na frente da Sacre Coer, não seja vítima dos bate carteiras que estarão a sua volta e preste atenção no que está acontecendo.

Alguns golpes estão descritos em Golpes contra turistas na europa.

No pain, no gain

16 Jan 2012 0 comentários

Este é o meu primeiro post neste blog e vou tentar descrever um pouco como foi e está sendo a minha experiência desde a nossa chegada até hoje. Posso começar dizendo que para fazer uma mudança dessa magnitude, muito planejamento é necessário.

Ainda no Brasil, quando tomamos a decisão de nos mudar para Madrid, sabíamos de alguns dos obstáculos que teríamos pela frente como a língua, burocracia e dinheiro.

Antes de vir, nós tinhamos bastante noção do castelhano, mas uma coisa é  estudar a língua e saber "se virar" e outra é competir por uma vaga no mercado de trabalho de um país em crise com um vocabulário muito menor que o de um nativo para expor suas idéias. Fizemos o possível para amenizar esse tema, vendo filmes em espanhol, tendo aulas particulares de gramática, lendo jornais espanhóis e tentando nos familiarizar ao máximo com a cultura local.

Pensávamos que as questões burocráticas praticamente não existiriam pelo fato de eu ter a nacionalidade espanhola e sermos casados. Mas..... num país com 6 milhões de imigrantes e 5 milhões de desempregados não é tão fácil assim entrar, mesmo quando se tem este direito. A burocracia começou a nos atrapalhar quando soubemos que estando no Brasil, não é possível conseguir o DNI (Documento Nacional de Identidad) sem ter um endereço na Espanha. Aí veio o problema em cascata... Sem ter um DNI não é possível começar a trabalhar. Sem comprovação de renda ninguém aluga um apartamento pra você.
Tínhamos aí um loop de problemas burocráticos que só se resolveria se conseguíssemos um endereço... Com um pouco de sorte, nosso professor de castelhano conhecia uma pessoa que poderia nos alugar um apartamento por 6 meses em Madrid. Isso foi essencial para nosso início, porque assim poderíamos ter um endereço e com um endereço conseguiríamos documentos e aí sim... poderíamos disputar uma vaga no mercado de trabalho.

Como não conheço outra maneira de ganhar dinheiro senão trabalhando, só conseguiríamos dinheiro para nos sustentar quando conseguíssemos um emprego. Quando resolvemos vir para a Espanha, não tinhamos ideia de como nos inserir no mercado de trabalho. Para tentar descobrir os melhores sites de emprego de Madrid, começamos pesquisando na internet e utilizando redes sociais. A linha de pensamento era simples, ninguém melhor que os próprios espanhóis para nos dizer onde buscar o tipo de informação que necessitávamos. Entrei em contato com alguns espanhóis que trabalham em Madrid e que também são Analistas de Sistemas pelo LinkedIn, enviei mensagens para muitos explicando a situação e todos, ou quase todos, foram muito solicitos e me informaram os melhores sites para procurar emprego na minha área (Infojobs e Tecnoempleo). Com as informações que me foram dadas, quando chegamos em Madrid eu já tinha feito algumas entrevistas por Skype e tinha 6 entrevistas marcadas para as primeiras duas semanas e muitos contatos feitos. No final, fui contratado pela por uma empresa que fiz contato desde que estava no Brasil e que estou trabalhando até hoje (5 meses depois).

Muitas pessoas me falaram que eu iria ser vítima de xenofobia no trabalho, teriam preconceito por eu ser brasileiro etc etc etc. Até agora posso falar que nada disso aconteceu e todos aqui me recepcionaram muito bem.

Nos primeiros meses encontrei ainda um pouco de dificuldade para entender e para ser claro nas conversas que tínhamos no trabalho. Falar de termos técnicos em outra língua sempre é complicado. Até em coisas simples como por exemplo wifi (rede sem fio) no Brasil falamos /uaifai/, aqui se pronuncia exatamente como se lê /uifi/. Com o tempo, fui me ajustando e agora já consigo uma comunicação bem melhor com meus colegas de trabalho. Claro que ainda hoje certas palavras me surpreendem mas nada que atrapalhe a ponto de ser um problema.

Depois de quase 6 meses vivendo aqui, eu posso dizer que está sendo uma experiência incrível e que recomendo para todos. Viver outra cultura e pensar em outra língua abrem a sua mente de uma maneira impressionante. Posso citar outras muitas vantagens de viver na Europa, como ir ao hospital público e ver tudo funcionar, estradas perfeitas, sistema de meios de transporte de massa que funciona e segurança (isso para alguém que viveu 28 anos no Rio de Janeiro infelizmente é muito surreal), mas falar disso merece uma outra postagem.

 Claro, passamos alguns "perrengues" pra começar... mas... como diria Schwarzenegger "no pain, no gain".

Missão Espanha

17 Nov 2011 1 comentários

O caminho até a Europa é longo fisica e emocionalmente. Para que eu possa pisar os pezinhos nessa terra, tive que passar por alguns bocados (ok, nem tão absurdos assim, mas não deixaram de ser obstáculos).  Além dos fatores óbvios que são a grana e a documentação, ainda tiveram os fatores família, amigos e trabalhos que, de maneiras diferentes, tive que me separar por um tempo ou aprender a me relacionar em outros níveis.

Grana recolhida, skype instalado e facebook arrumado, só me faltava mesmo chegar aqui e arrumar minha documentação de residente, já que sou casada com um europeu.......

..... pois.

A identidade de estrangeiro aqui em Madri, conhecida como NIE, demora 7 meses para ficar pronta (por que eu tive sorte!). No fundo, isso só significou duas coisas: 1) 7 meses sem trabalhar. Inferno para uns, paraíso para outros... 2) não poder sair da Espanha, pois como o processo está em trâmite, tenho que estar aqui todos os 7 meses. Caso eu resolva sair, não posso voltar antes de 6 meses... e isso inclui não viajar pela Europa. Ou seja, estou refém de um país.

Refém de um país cheio de histórias e maravilhas a serem conquistadas!

Se a vida lhe der limões, ponha açúcar e água e faça uma caipirinha!

Por esse motivo, Diogo e eu demos início à missão Espanha: conhecer o máximo do território espanhol antes de partir pro resto da Europa.

Para isso, nos munimos de livros, mapas, casacos e cachecóis que nos ajudarão nessa empreitada.

Próximo capítulo: Madri conquistada.

De volta

16 Nov 2011 1 comentários

Eu sei que quartas-feiras são dias incomuns para pôr em prática planos de vida, posto assegurado milernamente (?) pela famosa segunda-feira. Igualmente tradicional é o fracasso quase certo de quem deixa para começar qualquer coisa no dia supracitado. Se há vontade, então não há dia, nem horário, nem desculpa, certo? Bem os digam as minhas dietas intermináveis ou incomeçáveis... o que preferir.

Pois bem, cheguei em Madri. Pretério perfeito, mas se a gramática me permite uma mudança um pouco radical, pretério mais que perfeito (mais que como ênfase), pois já faz tempo que cheguei, já faz muito tempo. E, na verdade, nem faz tanto tempo assim pois nem 3 meses se passaram ainda... mas na esquina da minha relatividade temporal, o Brasil está há anos luz, assim como as pessoas que já dão saudade, os lugares que já não são mais comuns, a comida que já não existe ou o calor que sumiu sem deixar notícias.

Hoje não deveria ser nenhum dia especial, um 16 de novembro qualquer... mas aí bate aquela coceirinha do tenho que escrever, tenho que dar notícias, tenho que ouvir dos meus amigos, da minha família, dos gatos... e aí resolvi voltar, reviver o blog, escrever o que tenho visto, e agora sim, botão ON total e absoluto. As dicas rápidas vão continuar, mas daqui para frente espero escrever mais egoísticamente, o que eu vejo, o que eu sei (ou não), o que descobri.

Comprei um mapa da Europa para começar a minha aventura mais bem planejada dessa vez. Assim como um pirata, vou cortando Xs e desencavando tesouros que nem eu sei quais podem ser. Vamos ver quantos xises (como é x no plural?) eu consigo marcar aqui...

Obrigada pela audiência. :)

 
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